segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Século XXI

Não há que se complicar tudo.
O homem do século está aqui
no edifício de janelas abertas
com vista para outro edificio.

domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre fazer diferença

De minha mediocridade como ser humano, concluo que a vida merece mais do que damos a ela. Mediocridade no sentido de que não me considero um ser completo e nunca me considerarei. A completude de um ser depende de uma série de fatores que, segundo minha opinião, não podem ser conquistados em vida. Primeiramente, pois creio que completo seremos se e tão-somente se estivermos na presença do Deus que transcede todo o entendimento e nos ama como ninguém poderia amar. Não menos importante, pelo fato de que realmente não nos esforçamos para fazer diferença onde estamos.
Tenho pensado bastante a respeito daquilo que tenho feito. Não! Não pelo fato de me importar com o que os outros pensam. Ao contrário, por não ligar nada para a opnião de outros relativas a mim, o que considero algo extremamente necessário para a vida, tudo que faço, ou deixo de fazer, é interessante somente a mim e portanto, deveria fazer o melhor. Há contudo, e aí entra um pouco do que tenho aprendido no curso de direito, um diferença substancial entre o mundo do ser e o mundo de dever-ser. O primeiro, nos mostra a realidade nua e crua, como as coisas acontecem realmente enquanto o segundo é o mundo das coisas como imaginário do que se espera que elas sejam, como deveriam ser, literalmente. O que parece bastante óbvio àquele que escuta, na realidade é bem mais complicado na prática. Sei que tenho que fazer o melhor para mim, dar o melhor de mim, fazer a diferença onde estiver, não, e devo frizar, num sentido egoísta, mas num sentido de que a vida pode proporcionar muito mais, se dermos mais a ela. Mas então entro no mundo do ser, onde as coisas não necessariamente acontecem conforme esperamos.
Pôr-me-ei, pedindo perdão pelo uso da mesma mesóclise de meu último poema, a repensar minha forma de encarar as coisas e buscar ser diferente. "não tomeis a forma do mundo". A você, leitor, não lhe posso pedir mudança qualquer, entretanto, penso poder pedir o questionar-se. Ao menos pense em diferenciar-se e não cair nos moldes daquilo que lhes for imposto.

sábado, 14 de agosto de 2010

Olho nu

Vivi em constante busca
d'aquilo tudo que não sei.
Do amor, do calor, da flor.
Não sei...somente busquei.

"Um dia hei de encontrar.
Pôr-me-ei a gargalhar
sem parar, sem fim. Rir
até nada mais restar."

Quando estou face a face,
finalmente o por quê.
Tudo que sempre busquei
está nO que não se vê.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Oro

Oro e esqueço todo o cansaço
num abraço Dele que me criou
envolvendo-me inteiro em calor

Oro e já não caminho sozinho
nas horas terríveis da vida
nas estradas mais sofridas

Ora, se não sou eu que decide
aquilo por que devo passar,
oro para Tê-lo em meu comandar

Oro e aprendo todos os dias a orar
em meu tremor e em meu cantar
Oro, pois meu alvo é a Ti alcançar

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lhaneza poética não-ironica

Tergiverso em verso sem saber
se necedados um dia entenderão
que necessidade não há em se ter
poemas prófugos da compreensão.

Sendo cauto, não timorato, busco
acossar o quanto mais açodadamente
o término de toda ambiguidade,
findar o uso de palavras diferentes.

Pugno o palrreamento do cotidiano.
Coevo é se fazer entender sempre.
Apropinquar seu poema do ser.

Se pretende a busca do empecer
Não me resta outra alternativa
que não mandá-lo aprender a viver.