sábado, 14 de agosto de 2010

Olho nu

Vivi em constante busca
d'aquilo tudo que não sei.
Do amor, do calor, da flor.
Não sei...somente busquei.

"Um dia hei de encontrar.
Pôr-me-ei a gargalhar
sem parar, sem fim. Rir
até nada mais restar."

Quando estou face a face,
finalmente o por quê.
Tudo que sempre busquei
está nO que não se vê.

2 comentários:

  1. Dois adendos, vale? Sim, sempre me atentei para o que há de metafísico, espiritual, transcedental no mundo. Essas coisas nos trazem a felicidade e a compleção de vida. O homem é um ser carnal e espiritual. Andar como se anda hoje, sem se preocupar com a existência do que vai além do visual e físico é abdicar de uma parte de você. Daí vem a busca do que não se sabe. Da corrida atrás do vento. Não critico quem o faz, mas sim me dão pena. No papel de cristãos devemos pregar a existência de Deus, dado que já descobrimos o que buscávamos e atingimos um estágio não de plenitude emocional - pois ainda há muito o que descobrir no amor e na fraternidade -, mas sim um ser espiritualmente satisfeito. Profundíssimo o poema.

    Ah, e "Pôr-me-ei a gargalhar" foi fantástico. Continue com as mesóclises.

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